Vendas on-line devem movimentar quase R$ 30 bi no Brasil

Vendas on-line devem movimentar quase R$ 30 bi no Brasil

Vendas on-line devem movimentar quase R$ 30 bi no Brasil

Estimativa é da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.
Custo de operação é baixo, mas empresários devem oferecer diferenciais.

Este ano, as vendas on-line devem movimentar quase R$ 30 bilhões no Brasil. As lojas virtuais oferecem de tudo para os consumidores e o comércio eletrônico está cheio de oportunidades para os pequenos negócios.

A internet é cada vez mais um mundo à parte. Enquanto a economia brasileira patina, o comercio on-line deve crescer 25% este ano e movimentar R$ 28 bilhões em 2013. O presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, Ludovino Lopes, aponta os motivos do bom desempenho.

“A internet cresce tanto, fundamentalmente, porque ela mudou a forma de abordagem do consumidor. (…) Ela mudou a relação de transparência em relação ao preço, (…) junto com a capacidade de usufruir dos outros benefícios de pagamento em parcelas e ter acesso ao produto com qualidade”, explica o executivo.

O empresário Ednilson Brandão percebeu, na prática, a força da internet. Em 2004, ele montou uma loja física e outra virtual de acessórios para carros. Hoje, a loja eletrônica vende três vezes mais. “O processo se torna muito mais rápido. (…) Realmente, acho que isso que faz com que as pessoas se estimulem a comprar pela internet”, diz.

Ednilson vende 800 itens para veículos, entre aparelhos de som, alarmes, DVDs, lâmpadas, volantes, instrumentos de medição e até encosto para bancos. Segundo o empresário, com R$ 50 mil é possível montar um site e fazer estoque para começar um negócio como o dele. O e-commerce deve ser fácil de navegar e oferecer várias formas de pagamento.

Mas atenção: quem tem uma loja virtual precisa tomar cuidado com a armadilha do cartão de crédito. Pode ser difícil de acreditar, mas muita gente quebra na internet porque vende muito. O que acontece é que a pessoa compra à vista e vende a prazo no cartão de crédito e, com isso, acaba ficando no vermelho. Mas o empresário Ednilson achou uma boa alternativa para o problema.

“Nós utilizamos uma intermediadora de recebimentos. O cliente paga parcelado, em até 24 vezes, e nós recebemos à vista, em até dois dias. Isso também diminui o número de fraudes, além de diminuir muito a necessidade de capital de giro”, explica o empresário.

O internauta quer rapidez e exige pronta-entrega. O empresário mantém um estoque permanente de dez mil peças. Feito o pedido, ele entrega em até dois dias. Ednilson Brandão fatura R$ 100 mil por mês.

Mas a concorrência é acirrada, garante o empresário. Nessa hora, quem oferece diferenciais tem mais chances de conquistar o consumidor. Foi o que aconteceu com o cliente Edson Matos, que precisava de uma caixa de som e optou pela loja de Ednilson porque lá também era possível instalar o equipamento.

“Compra, vem no local, testa para ver se está tudo certinho e tudo OK. (…) Adorei, era tudo que eu estava esperando mesmo”, diz Edson.

Baixo custo de operação

Quem também não se arrepende de ter apostado no comércio eletrônico é o casal Renato Ferreira e Evelyn Lima. Os empresários montaram uma loja virtual de roupas e acessórios femininos em 2011 e, a cada ano, as vendas aumentam 50%.

“A gente se surpreendeu bastante, porque a loja só tem dois anos no ar e o crescimento não para, então está bem legal”, comenta Renato.

Os empresários investiram R$ 40 mil para criar a loja virtual e fazer estoque. O que atraiu o casal foi o baixo custo de operação do comércio eletrônico. Eles alugaram uma sala de 18 m² por R$ 700 por mês, onde fazem tudo. Renato e Evelyn atendem os clientes on-line na mesa, estocam os produtos em araras nas paredes e até improvisaram um pequeno estúdio para tirar fotos das peças e abastecer o site.

Com custos baixos, sobra dinheiro para a divulgação: todo mês, eles investem R$ 700 em anúncios na internet. A loja virtual tem 300 itens, de nove fornecedores. Para escapar da concorrência das grandes marcas, os empresários apostam na venda de produtos diferentes. “O diferencial é você vender aqui numa loja que você não vai encontrar do lado da sua casa ou num passeio no shopping”, comenta Evelyn.

Para vender roupa à distância, a dica dos empresários é descrever bem o produto, os tamanhos, com boas fotos ampliáveis. Se não servir ou o cliente não gostar, eles trocam em até 30 dias. A empresa vende 350 pecas e fatura R$ 17 mil por mês.

Deise Maturana é uma consumidora assídua da internet. Ela faz, em média, dez compras on-line por mês. “A gente acaba sempre comprando pela internet por falta de tempo. Então, a internet facilita muito, é bem mais prático”, diz.

“A internet é um mercado que conjuga e que agrega o que tem de melhor nos dois mundos, no mundo físico e no mundo on-line. E ela junta a necessidade e a própria realidade do país. É um país jovem, que está conectado permanentemente, buscando inovação e competitividade”, diz Ludovino.

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